quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Caso Clínico de Mordedura de Víbora
No início deste mês de Outubro, apresentou-se à nossa clínica uma cadela de raça Podenga, a Fany, 5 anos de idade, com um lábio inchado. Tinha acabado de ser mordida por uma cobra, mas esta destemida cadela tinha conseguido apanhá-la, e já não era a primeira vez que o fazia. Noutra ocasião tinha apanhado uma jovem cobra rateira (Malpolon monspessulanus), que provavelmente também a mordeu.
Depois de termos examinado bem a cobra, concluímos que seria uma jovem víbora cornuda (Vipera latastei). A cadela foi tratada de imediato com anti-inflamatórios e antibióticos e recuperou totalmente.
As mordeduras por répteis, nomeadamente cobras e víboras, parecem comuns nesta zona do nordeste transmontano. Na nossa clínica aparecem cerca de 5 a 7 casos por ano. A zona preferida da mordedura é na zona dos lábios e focinho, provavelmente porque os cães ao aproximarem-se, tentam cheirar e são mordidos. Temos outros casos onde a mordedura se situa na extremidade dos membros. As lesões que provocam, resultam principalmente em grandes hematomas e edemas (venenos com características proteolíticas). São muito raros os casos mortais.
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