quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Doenças Transmitidas por Vectores

A Clínica tem dado uma ênfase muito especial na divulgação de informação técnica junto dos detentores de animais.
Neste âmbito temos vindo a realizar sessões formativas com a colaboração da Royal Canin.
Dia 7 de Novembro irá realizar-se mais uma sessão formativa cujo tema "Doenças Transmitidas por Vectores" tem enorme actualidade, neste tempo em que tanto se fala do aquecimento global do planeta, com o aumento das temperaturas médias ambientais e a consequente maior adaptação de vectores, sejam mosquitos, carraças ou outros.

Estão todos convidados para o dia 7 de Novembro, pelas 17.00 horas no Restaurante "Ares de Serra", no Bairro São Tiago, em Bragança
Programa:
17.00 horas: Babesiose- Estudo Clínico em Bragança,Dr. Duarte Diz Lopes
17.30 horas: Leishmaniose em Trás-os-Montes, Prof Dr. Luis Lucas Cardoso, UTAD
18.00 horas: Dietas adequadas a doenças hemoparasitárias: Dr. André Vilar, Royal Canin

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Caso Clínico de Mordedura de Víbora





No início deste mês de Outubro, apresentou-se à nossa clínica uma cadela de raça Podenga, a Fany, 5 anos de idade, com um lábio inchado. Tinha acabado de ser mordida por uma cobra, mas esta destemida cadela tinha conseguido apanhá-la, e já não era a primeira vez que o fazia. Noutra ocasião tinha apanhado uma jovem cobra rateira (Malpolon monspessulanus), que provavelmente também a mordeu.
Depois de termos examinado bem a cobra, concluímos que seria uma jovem víbora cornuda (Vipera latastei). A cadela foi tratada de imediato com anti-inflamatórios e antibióticos e recuperou totalmente.

As mordeduras por répteis, nomeadamente cobras e víboras, parecem comuns nesta zona do nordeste transmontano. Na nossa clínica aparecem cerca de 5 a 7 casos por ano. A zona preferida da mordedura é na zona dos lábios e focinho, provavelmente porque os cães ao aproximarem-se, tentam cheirar e são mordidos. Temos outros casos onde a mordedura se situa na extremidade dos membros. As lesões que provocam, resultam principalmente em grandes hematomas e edemas (venenos com características proteolíticas). São muito raros os casos mortais.