domingo, 20 de abril de 2008

Sessão de Formação para Donos de Gatos

No passado dia 5 de Abril, a Clínica organizou em colaboração com a Royal Canin uma nova sessão de formação para donos de gatos, cujo tema “ Cuidados com o Gato”, mobilizou cerca de 40 donos destes bichanos muito especiais.
Os temas em debate foram os seguintes:
- A Importância do diagnóstico laboratorial precoce da Leucemia Felina (FeLV) e da Imunodeficiência Felina (FIV). A Dra. Filipa Rodrigues abordou estas duas importantes doenças dos gatos, aconselhando o seu diagnóstico precoce e alertando para os aspectos preventivos a considerar pelos donos. Informou ainda que na nossa Clínica foram já diagnosticados, nos últimos 7 anos, 10 gatos com Felv e 10 gatos com FIV, sendo que na sua maioria eram gatos oriundos da cidade de Bragança, nunca tendo estado noutro local, devendo por isso considerar-se este risco de infecção para todos os gatos saudáveis, particularmente os que vivem ou vão à rua.
- A Dra. Isabel Santos, Médica Veterinária, com formação especializada na área do comportamento animal falou-nos dos aspectos comportamentais dos gatos que importa conhecer para um melhor relacionamento com estes animais. Se é verdade que os gatos começaram a ser domesticados há cerca de 4.000 anos no antigo Egipto com uma função predatória sobre os ratos que ameaçavam as colheitas cerealíferas, hoje eles ocupam um lugar de importância crescente como animais de companhia, mais bem adaptados ao estilo de vida mais urbano dos seus donos. São mais independentes que os cães, mas nem por isso dispensam a interacção com o seu dono e uns “miminhos” no final do dia. Quando as alterações comportamentais existirem é sinal de que algum equilíbrio foi quebrado, sendo importante identificá-lo e corrigi-lo, mas para isso convêm conhecer o padrão de comportamento de um gato “normal”!
- Para finalizar a nossa sessão formativa, a Dra. Cátia Sá, da Royal Canin, falou-nos de aspectos relacionados com a nutrição dos gatos. Ficámos a saber que o gato aprecia os alimentos sobretudo pelo seu apurado olfacto e não pelo paladar. Também referiu que o gato é um “petiscador”, se tiver o alimento à sua disposição fará cerca de 10 a 16 de pequenas refeições por dia, sendo que estas não duram mais do que 2 a 3 minutos. Estas pequenas quantidades espaçadas ao longo do dia explicam a razão pela qual o trânsito digestivo se processa de forma tão rápida comparativamente ao Homem (12 a 24 horas contra 30 a 48). O gato também dedica pouco tempo à mastigação, engolindo os grânulos de ração num ápice ao contrário do que acontece connosco.