terça-feira, 18 de março de 2008

Leishmaniose .... a culpa é do mosquito!

A leishmaniose canina é uma doença endémica causada por um protozoário, Leishmania infantum. É uma zoonose que no Homem é conhecida como “Kala-azar”.

A transmissão desta afecção deve-se a um mosquito chamado flebótomo, um pequeno insecto, que vive principalmente nas regiões montanhosas. O mosquito é activo desde o crepúsculo e durante praticamente toda a noite, de Abril até Outubro. A fêmea (a única que pica) procura um animal de sangue quente para se alimentar, depois os parasitas amastigotas multiplicam-se no intestino do mosquito e transformam-se em promastigotas. São estas as formas infestantes que podem infectar um outro animal que seja picado. Não se sabe por que razão, mas estes mosquitos têm uma particular atracção pelo cão, sendo o focinho e a face interna da orelha as zonas de eleição para a picadela.

Na nossa região a leishmaniose pode considerar-se endémica. Até há poucos anos, apenas se considerava que esta doença era endémica na região do Alto Douro, porém dezenas de casos clínicos e exames laboratoriais efectuados ao longo da última década, permitem-nos hoje afirmar que a endemia é extensível à região de Bragança.

Nem todos os cães desenvolvem esta doença após a picada do mosquito, muitos são imuno-resistentes, outros são portadores assintomáticos. De acordo com a nossa experiência clínica, as raças mais susceptíveis são o Boxer, Doberman, Rottweiler, Pastor Alemão e Perdigueiros.

A Leishmaniose canina apresenta uma diversidade de sintomas nos cães, desde os dermatológicos, como peladas, descamação e úlceras até sintomas viscerais e gerais, como a anemia, perda de apetite e atrofia muscular.

De acordo com a informação disponível, nomeadamente de alguns estudos realizados em Espanha, a transmissão ao Homem, embora possível a partir do mosquito vector, sobretudo em pessoas com imuno-deficiências, não tem expressão significativa.

A prevenção da doença nos cães, em regiões endémicas como a nossa, é difícil pois ainda não existe qualquer vacina disponível . É por isso fundamental evitar o contacto com os mosquitos vectores. Para este efeito, recomenda-se a utilização de insecticidas repelentes específicos e o recolhimento dos cães durante a noite.

quinta-feira, 6 de março de 2008

A educação do seu cão – alguns conselhos!


Para poder ter um cão equilibrado e obediente é necessário educá-lo, anote as seguintes Regras:

Inibição de Morder
– O treino do seu cachorro começa logo que ele chega a casa. O hábito instintivo de morder deve ser reduzido, bastando para isso que o dono grite um Não forte e se afaste, manifestando o seu desagrado pelo comportamento;
Socialização – uma fase importante de aprendizagem do mundo que termina por volta dos 4 meses. Durante este período o cachorro deverá ser sujeito ao maior número de estímulos do seu meio ambiente envolvente. Não esquecer o contacto com crianças e outras pessoas para além do agregado familiar;
Métodos de treino positivos – Se um cachorro aprender um comportamento sem recurso à força física ou sem consequências negativas, é mais provável que o queira repetir, particularmente se existir uma recompensa ou um reforço positivo, por exemplo dando-lhe um biscoito e fazendo festas;
Com este método treino é possível iniciar o treino de obediência básica – treine o SENTA, DEITA, FICA, VEM... .

Ignorar os comportamentos negativos - Ignorar um cachorro quando faz algo de errado, é o melhor “castigo” que se lhe pode aplicar. Por exemplo para lidar correctamente com um cachorro que salta tapar uma pessoa, deve-se ignorar a acção, esperar que o cachorro tenha as quatro patas apoiadas no chão e só nesta altura é que deverá ser recompensado com festas ou com um biscoito

domingo, 2 de março de 2008