terça-feira, 22 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Protecção dos Animais, Saúde Pública e Canis Municipais
As questões relacionadas com o bem-estar animal estão na ordem do dia e aos conceitos de sofrimento e dor aplicados aos animais a nossa sociedade não fica indiferente.
Os animais de companhia assumem uma importância crescente na actualidade, ajudando na socialização e no equilíbrio emocional de muitas pessoas.
No que respeita à sua protecção, particularmente os de companhia, importa sublinhar que a primeira responsabilidade cabe aos seus detentores, que têm que assumir as obrigações decorrentes da posse de um animal. A correcta alimentação e o cuidar da sua saúde estão na primeira linha, no entanto, existem também as responsabilidades legais, nomeadamente o licenciamento e o seguro.
Os Municípios têm também nesta área responsabilidades que se traduzem na recolha de animais vadios e errantes e na criação e manutenção de Canis Municipais, que se assumam como verdadeiros Centros de Protecção dos Animais, possibilitando que muitos destes animais capturados tenham uma segunda oportunidade e possam ser adoptados. A estes cabe também a promoção de campanhas de esterilização e de controlo reprodutivo das populações animais.
Os Municípios são também responsáveis pela recolha dos cadáveres de animais de companhia que se encontram em espaços públicos, na maioria dos casos como resultado de atropelamentos e que devem ser conduzidos para cremação/incineração. É importante sublinhar que os cadáveres de animais não são “resíduos sólidos urbanos”, não são “lixo”, devendo os Municípios cumprir com as suas obrigações legais e criar um sistema de recolha de cadáveres de animais.
Um controlo efectivo das populações de cães vadios e errantes e a penalização efectiva dos donos que permitem que os seus animais vagueiem livremente nos espaços públicos são peças fundamentais para a salvaguarda da defesa da Saúde Pública e não é de mais recordar que no nosso Distrito existem riscos acrescidos nas doenças de expressão zoonótica, como são o caso da Hidatidose e da Leishmaniose, duas doenças endémicas que requerem medidas de controlo e prevenção efectivas, as quais passam obrigatoriamente pela redução do número de cães vadios. Recordo, também, que é no Distrito de Bragança que se verifica o maior número de casos de febre da carraça (Escaro-nodular) em humanos, e também aqui os cães são um dos principiais reservatórios destes vectores.
A Construção de Canis Municipais, designados como Centros de Recolha Oficias é uma das peças fundamentais em matéria de protecção dos animais e na defesa da Saúde Pública. Não posso deixar de criticar a opção politica que determinou que o Canil Intermunicipal da Terra-Fria ficasse localizado em Vimioso, sem desprimor para esta simpática Vila, mas distante do principal centro populacional, que é a cidade de Bragança, condicionando pelos 50 km de distância todas as actividades inerentes a um Canil/ Centro de Recolha Oficial. É o caso da valência de hospedagem, tão necessária na cidade, e da realização de acções de protecção animal, particularmente as campanhas de adopção, que se vêem limitadas por essa distância.
Publicado no jornal Nordeste em 3/12/09
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
sábado, 7 de novembro de 2009
Sessão formativa do dia 7 de Novembro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Doenças Transmitidas por Vectores
Neste âmbito temos vindo a realizar sessões formativas com a colaboração da Royal Canin.
Dia 7 de Novembro irá realizar-se mais uma sessão formativa cujo tema "Doenças Transmitidas por Vectores" tem enorme actualidade, neste tempo em que tanto se fala do aquecimento global do planeta, com o aumento das temperaturas médias ambientais e a consequente maior adaptação de vectores, sejam mosquitos, carraças ou outros.
Estão todos convidados para o dia 7 de Novembro, pelas 17.00 horas no Restaurante "Ares de Serra", no Bairro São Tiago, em Bragança
Programa:
17.00 horas: Babesiose- Estudo Clínico em Bragança,Dr. Duarte Diz Lopes
17.30 horas: Leishmaniose em Trás-os-Montes, Prof Dr. Luis Lucas Cardoso, UTAD
18.00 horas: Dietas adequadas a doenças hemoparasitárias: Dr. André Vilar, Royal Canin
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Caso Clínico de Mordedura de Víbora
No início deste mês de Outubro, apresentou-se à nossa clínica uma cadela de raça Podenga, a Fany, 5 anos de idade, com um lábio inchado. Tinha acabado de ser mordida por uma cobra, mas esta destemida cadela tinha conseguido apanhá-la, e já não era a primeira vez que o fazia. Noutra ocasião tinha apanhado uma jovem cobra rateira (Malpolon monspessulanus), que provavelmente também a mordeu.
Depois de termos examinado bem a cobra, concluímos que seria uma jovem víbora cornuda (Vipera latastei). A cadela foi tratada de imediato com anti-inflamatórios e antibióticos e recuperou totalmente.
As mordeduras por répteis, nomeadamente cobras e víboras, parecem comuns nesta zona do nordeste transmontano. Na nossa clínica aparecem cerca de 5 a 7 casos por ano. A zona preferida da mordedura é na zona dos lábios e focinho, provavelmente porque os cães ao aproximarem-se, tentam cheirar e são mordidos. Temos outros casos onde a mordedura se situa na extremidade dos membros. As lesões que provocam, resultam principalmente em grandes hematomas e edemas (venenos com características proteolíticas). São muito raros os casos mortais.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Nova legislação para transporte de animais de companhia
Infelizmente ao contrário de outros países europeus, o transporte de animais domésticos como o cão e o gato continua a ter de ser feito obrigatoriamente em “contentores” ou caixas de transporte, o que além de não ser prático, condiciona muitas das viagens.
Por exemplo, imagine que vai dar um passeio com o seu cão e por alguma limitação resolve regressar de transporte público, esta portaria não o permite (sem contentor) além de poder condicionar as horas a que tal transporte possa ser feito.
Regista-se no entanto, o facto positivo de o animal poder viajar no habitáculo da viatura e não ter de ir obrigatoriamente para a mala ou porão.
sábado, 18 de julho de 2009
Do Outro Lado Do Atlântico : Uma Colega e Uma Amiga!
Olá, estou novamente escrevendo para o blog, mas agora vou fazer um depoimento pessoal, descrevendo o que foi para mim estagiar nesta Clínica
Ao chegar à Clínica estava cheia de medos e ansiedade em saber o que iam pensar e achar de mim…
E os questionamentos foram surgindo "O que uma brasileira veio fazer na cidade Bragança?"
As vezes nem eu mesma sabia responder, pois nunca havia saído de casa!
Posso dizer que me aventurei, enfrentei meus medos, e tomei coragem para encarar este desafio!
Estagiar numa clínica veterinária do outro lado do mundo. Parece ser meio surreal.
Claro, a língua é a mesma, porém são tantas diferenças culturais, as pessoas são diferentes.
Porém, ai é que está a magia, pois aprendemos com as diferenças…
Amadurecemos com as diferenças…
Hoje agradeço por ter sido escolhida!
Passar esses 4 meses e meio em Bragança/Portugal, em especial por ter sido nesta Clínica, me proporcionou muito crescimento profissional!
Admiro a maneira com que cuidam dos pacientes, sempre procurando o diagnóstico e o melhor tratamento, sempre levando em consideração a individualidade de cada caso.
Admiro a sagacidade, a perspicácia com que conseguem resolver os problemas que surgem no caminho.
Admiro o jeito franco e a amizade que possuem com os proprietários dos animais.
Aprendi que devemos dar maior atenção ao proprietário, pois o animal depende sempre do dono!
É o dono que está dia a dia com o animal, então aprendi que devemos consciencializá-los da sua responsabilidade sob a qualidade de vida do seu animal de estimação!
Posso dizer que alcancei meus objectivos, e agora, é uma nova etapa da minha vida, onde vou buscar me aprimorar ainda mais. Obrigado por tudo, por terem me recebido, fica no coração as lembranças dessa cidade pequena, mas com pessoas com o coração muito grande!
É uma pena que 4 meses passam rápido demais, se eu tivesse mais tempo, com certeza eu teria ficado mais, e teríamos muito mais intimidade e experiências para compartilhar.
Espero ter deixado uma boa impressão do Brasil para vocês, e principalmente do meu estado Rio Grande do Sul!
Abraços a todos pacientes e proprietários que foram atenciosos e receptivos comigo neste tempo, e a vocês grandes profissionais: Duarte, Filipa e Bina.
Nota: A Colega Lourdes Hirschman estagiou na Clínica no âmbito de um protocolo de cooperação entre o IPB e a Universidade de Pelotas do Rio Grande Do Sul
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Mitos sobre a Esterilização/Castração de Cães e Gatos!
Médica Veterinária
vetsantiago.blogspot.com
A esterilização /castração dos animais consiste na remoção cirúrgica dos seus órgãos reprodutores, nas fêmeas são retirados os ovários e o útero (ovariohisterectomia), e nos machos são retirados os testículos. É uma cirurgia de rotina e de baixo risco.
Infelizmente ainda se perpetuam alguns mitos sobre a esterilização que importa rebater:
Mito - Esterilizar um animal é ir contra “a natureza”!
Os cães e os gatos foram seleccionados pelo Homem há muito milhares de anos, adquirindo características que os fazem depender de nós. Não será já este facto “anti-natural”? Se então eles dependem de nós e vivem connosco, porque não dar-lhes uma vida com a melhor qualidade possível? Os animais não são conscientes da sua identidade sexual. Os animais esterilizados não têm qualquer “crise” de identidade, não se alterando a sua personalidade básica., aliás, podemos eliminar todo o stress inerente ao período de acasalamento, motivado somente pelo instinto hormonal: os machos conseguem fugir, andam dias fora de casa, não comem, lutam entre si, são atropelados, contraem doenças, urinam em casa; as fêmeas ficam com menos apetite, o seu sistema imunitário fica mais fragilizado, perdem mais pêlo, as gatas miam muito…
Mito - Uma cadela/gata deve ter sempre pelo menos uma ninhada!
As evidências médicas indicam precisamente o contrário. A esterilização tem vantagens na saúde do seu animal, evitando todas as doenças associadas ao sistema reprodutor. Nas fêmeas, reduz grandemente a probabilidade de desenvolver tumores mamários, e evita as infecções uterinas. Os estudos realizados indicam que a probabilidade de um cadela ter tumores mamários se for esterilizada antes do 1.º cio é de 0,5%, não sendo estatisticamente relevante se for feita a partir do 3.º cio.
Mito - Depois de esterilizado o meu animal vai ficar obeso e molengão!
A esterilização afecta o metabolismo do seu animal, havendo um maior risco de obesidade, no entanto, facilmente este é controlável, com uma dieta adequada ás necessidades energéticas e com prática de exercício regular.
Mito - Os anticoncepcionais são um método seguro e eficaz!
Os anticoncepcionais não podem ser substitutos da esterilização. Poderão ser vistos como uma alternativa de curto prazo, mas sabe-se que estão na origem da maior parte tumores mamários e de infecções uterinas, e na verdade não são 100 % eficazes.
Mito – Consigo sempre encontrar donos para as ninhadas!
Mesmo que consiga encontrar donos para toda a ninhada, haverá sempre possibilidade dos seus descendentes continuarem a reproduzir-se, contribuindo para o excesso de animais abandonados. Para quem anda à procura de uma animal de companhia, poderá sempre recorrer à adopção!
A esterilização melhora a qualidade de vida do seu animal de companhia e é a estratégia mais eficaz no combate ao crescente número de animais abandonados.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Colega Estagiária do Brasil na Clínica
Gostaria de me apresentar, cheguei recentemente em Bragança/Portugal, sou a nova estagiária da Clinica, me chamo Lourdes Caruccio Hirschmann e vim da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), localizada na cidade de Pelotas/RS – Brasil, com a finalidade de terminar meu curso de Medicina Veterinária.
Acredito ser relevante lembrar da importância da desparasitação tanto interna como externa do seu animal de estimação, nesta época de primavera/verão principalmente, onde as carraças e mosquitos estão se proliferando ainda mais, é necessário fazer o controle dos parasitas externos mensalmente para minimizar os riscos de contrair doenças como Babesiose, Erlichiose, Leishmaniose, entre outras, que são transmitidas através da picada destes parasitas.
Caso Clínico do Mês:
Neste mês de Abril tivemos um caso de Ehrlichiose na clinica, o paciente era um cão, macho, com 10 anos de idade e da raça Epagneul Breton. Os sinais clínicos relatados pelo proprietário foram que o cão apresentava a urina um pouco escura, estava sem apetite e parecia sentir dor, então foram feitos os exames clínicos e laboratoriais em busca de um diagnóstico preciso. No exame clinico o animal tinha febre e dores musculares. Já na análise bioquimica não havia nenhuma alteração. Porém, também foi feito um esfregaço sanguineo, corou-se a lâmina (e foi analisado em microscopio, na qual se encontrou a presença de mórulas em células mononucleares de Ehrlichia canis e Anaplasma platys em plaquetas.
A terapêutica aplicada utilizou antibiótico (Doxiciclina) e um anti-protozoário (Diproprionato de Imidocarb) e Corticoide (Prednisolona). O Diproprionato de Imidocarb é tem um efeito terapêutico e preventivo para a babesiose e Ehrlichiose, , doenças transmitidas por carraça. O corticoide combate a anemia hemolitica que o parasita possa ter causado.
Felizmente o paciente foi diagnosticado rápido e assim foi possivel ser medicado antes que o caso agravasse.
Então agora vamos esclarecer um pouco do que se trata esta doença.
A Erlichiose é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada pela bactéria do gênero Erlichia.
Ela é transmitida através da picada de uma carraça que esteja contaminada pelo parasita. O vetor principal da enfermidade é a carraça castanha do cão, que é o Rhipicephalus sanguineus que normalmente parasita as orelhas e pescoço dos cães, porém há outro vetor que também transmite que é o Dermacentor spp. , estas carraças inoculam no cão o sangue infectado pelo parasita, no qual irá infectar os glóbulos brancos do sangue, ou seja, as células de defesa do organismo., conforme mostrado na Figura 1.
Os sinais clínicos apresentados variam, eles depende do tipo de estirpe, se é mais virulenta ou não, do grau da infecção e também do estado imunologico que o animal se encontra. Pode ter febre, dores musculares, cansaço, falta de apetite, urina escuro, perda de peso, depressão, entre outros. Conforme se torna crônico agrava mais, pois atinge o sistema imunologico, causando infecções secundárias. O diagnóstico da doença é basicamente através dos sinais clinicos e esfregaço sanguíneo, porém há também outros métodos de diagnósticos confirmatórios como PCR, IFI, porém são de alto custos e nem sempre disponiveis.
O tratamento é feito de acordo com os sinais clinicos, ou seja, a fase clinica que se encontra o paciente. Porém o principal objetivo é curar o animal doente e impedir a trasmissão da doença por pacientes assintomáticos, o antibiotico de eleição é a Doxiciclina, mas há outros medicamentos utilizados simultaneamente com este, conforme foi relatado no caso clinico.
Conclusão, não esquecer de manter o ambiente do seu animal de estimação limpo e livre de insetos, além de desparazitá-lo externamente, deve-se a cada 3 meses também fazer a desparazitação interna para evitar parasitas gastrointestinais, entre outros.
"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados."
(Mahatma Gandhi)
terça-feira, 28 de abril de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
Sessão de Formação para Donos
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Toxoplasmose e Gatos
O que é a Toxoplasmose?
A Toxoplasmose é uma doença causada por um parasita denominado Toxoplasma gondii.
È uma das doenças parasitárias mais comuns no Homem e nos animais (zoonose).
Embora seja elevada a prevalência, esta doença raramente causa sinais clínicos significativos.
O ciclo deste parasita é complexo e envolve dois tipos de hospedeiros: definitivo e intermediário. O gato, doméstico ou selvagem, é o único hospedeiro definitivo. O gato quando come um animal infectado (ou carne crua infectada), e ingere o parasita, este multiplica-se no seu intestino produzindo ovos (oocistos). Estes oocistos são então excretados em grandes quantidades nas fezes, somente cerca de 10-14 dias -período de risco. Estes são muito resistentes no exterior, sobrevivendo até 1 ano. No entanto, estes oocistos no exterior, só são infecciosos quando ficam esporulados, o que demora entre 1 a 5 dias, dependendo das condições ambientais.
Os outros animais, incluindo o Homem, são os hospedeiros intermediários do Toxoplasma gondii. Estes podem ser infectados, pela ingestão dos oocistos esporulados, resultando na formação de quistos que se alojam em vários órgãos e músculos.
As águas contaminadas, frutas e legumes mal lavados também são fonte de contaminação. Este parasita também pode estar presente em produtos lácteos não pasteurizados.
A via de transmissão, talvez a mais debatida e mencionada, é a intra-uterina, de mãe para filho, durante a gravidez.
. Não comer carne crua ou mal cozinhada (especialmente carne de ovino, caprino e suíno);
. Evitar provar a comida ainda mal cozinhada;
. Não beber leite e derivados não pasteurizados;
. Congelar os alimentos suspeitos durante alguns dias, antes de os consumir, reduzindo risco;
. Lavar bem as frutas e legumes crus antes de as comer;
. Lavar com água e detergente os utensílios que contactaram com carnes cruas;
. Usar luvas quando fizer jardinagem, e lavar as mãos de seguida;
. Evitar beber água de origem desconhecida
Se uma mulher estiver grávida, não sendo imune à Toxoplasmose, pode continuar a contactar com o seu GATO?
Claro que pode continuar a contactar com o seu gato, tendo em consideração os seguintes aspectos:
. Evitar o contacto com a caixa de areia, que deverá ser higienizada todos os dias (o parasita só é infeccioso 1 a 5 das depois de ser eliminado pelas fezes do gato). Usar luvas em caso de necessidade;
. Manter o gato dentro de casa;
. Não dar carnes cruas ao seu gato, alimentá-lo com ração específica;
Esta última pergunta é a que mais dúvida levanta, criando receios, na maior parte das vezes infundados e que importa desdramatizar, sendo que os vários estudos realizados sobre a doença, referem sempre que a principal via de infecção é pelo consumo de carnes contaminada e mal cozinhadas, e nunca o contacto directo com os gatos.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Bragança faz rastreio à Leishmaniose Canina
Entre 19 e 24 de Janeiro decorre “A Semana da Leishmaniose”, uma iniciativa pioneira a nível Europeu do Observatório Nacional das Leishmanioses (ONLEISH). Durante esta Semana será realizado um rastreio a cerca de 3.000 cães para determinar a prevalência da doença em Portugal.
A Semana da Leishmaniose surge como resposta ao grande objectivo do ONLeish, que é a criação de uma rede de vigilância epidemiológica Nacional. Vamos realizar um estudo pioneiro em Portugal e na Europa que tem como finalidade fazer o levantamento da seroprevalência da Leishmaniose Canina e, no futuro, desenvolver ferramentas para a prevenção desta doença.
Entre 19 e 24 de Janeiro será realizado um rastreio em 5 zonas do país: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, onde 130 clínicas veterinárias irão recolher um número mínimo de 3.000 amostras que serão posteriormente encaminhadas para o laboratório da Unidade de Leishmanioses do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), para serem analisadas.
Dr. Duarte Diz Lopes, Médico Veterinário da Clínica Vet. Dr. Duarte Diz Lopes comenta a importância deste estudo e diz: “um rastreio com uma dimensão nacional permitirá não só conhecer as características da doença, como também desenvolver medidas de educação e prevenção da Leishmaniose adequadas às exigências de cada região, pois existem zonas de maior risco de disseminação do que outras”.
Porto, Braga, Viana, Vila Real, Bragança, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Viseu, Aveiro, Guarda, Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja, Portalegre e Faro são apenas algumas das 53 cidades e vilas que vão participar neste rastreio gratuito.
A Leishmaniose Canina é uma infecção grave dos cães causada pelo parasita Leishmania e transmitida por um insecto o flebótomo. É uma doença de evolução crónica que, sem tratamento, leva à morte do cão. É transmissível ao Homem deve de ser seguida de perto, pois constitui um risco para a Saúde Pública.
Toda a informação disponível em: www.onleish.org