terça-feira, 9 de dezembro de 2008

sábado, 29 de novembro de 2008

Animais de Companhia e Responsabilidades legais dos donos.

As recentes medidas legislativas que tornaram obrigatória a identificação electrónica para todos os cães nascidos a partir de 1 de Julho de 2008 e a esterilização das raças potencialmente perigosas, desde 14 de Agosto de 2008, vieram trazer para a ordem do dia, as questões legais sobre a detenção de animais de companhia.

De uma forma sintética apresenta-se de seguida alguma da informação legal que importa dar a conhecer aos donos de animais de companhia e particularmente aos donos de cães.


1. Detenção e Alojamento de cães e gatos (DL n.º314/2003 de 17/12)

· Prédios urbanos: máximo de 3 cães ou 4 gatos, não podendo exceder um total de 4 animais adultos por fogo;

· Prédios Rústicos ou mistos: máximo de 6 animais adultos.

2. Vacinação, Identificação, Registo e Licenciamento de cães

· Vacinação contra raiva: Obrigatória a partir dos 3 meses (Art.2.º Portaria 81/2002 de 24/01);

· Microchip: Obrigatório para todos os cães de caça, cães perigosos e potencialmente perigosos e para todos os que nasceram a partir de 1 de Julho de 2008 (Art.6.º DL n.º 313/2004 de 17/12);

· Registo e Licenciamento: Obrigatório para todos os cães entre os 3 e os 6 meses, na Junta de Freguesia (Art.2.º Portaria 421/2004 de 24/04)

3. Cães de Raças Potencialmente Perigosas (Portaria nº 422/04 de 24/04)

- São sete as raças consideradas potencialmente perigosas, incluindo-se aqui também todos os cruzamentos das mesmas:

· Cão de Fila Brasileiro)

· Dogue Argentino

· Tosa Inu

· Rottweiler

· Staffordshire Terrier Americano

· Staffordshire Bull Terrier

· Pitbull Terrier (não reconhecido pelo Clube Português de Canicultura)

- A esterilização foi determinada obrigatória desde o dia 14 de Agosto de 2008 pelo Despacho n.º10891/2008 de 14/04, excluindo-se do âmbito da aplicação da mesma, os cães destas raças inscritos nos livros de origem (LOP). Esta excepção, não se aplica no caso dos Pitbull, uma vez que não são reconhecidos como raça pura pelas entidades oficiais.

3. Circulação na Via Pública

-Cães de raças perigosas ou potencialmente perigos (DL n.º 313/2004 de 17/12):

· Não podem ser passeados por menor de 16 anos;

· Trela com máximo de 1 metro e açaimo;

· Boletim sanitário actualizada com vacina anti-rábica;

· Microchip obrigatório;

· Licença especial de detenção para pessoa maior de idade;

· Declaração de esterilização ou registo de raça (LOP).

- Cães de outras raças (DL n.º 314/2004 de 17/12):

· Sempre conduzidos à trela;

· Boletim sanitário actualizada com vacina anti-rábica;

· Microchip obrigatório, nascidos a partir de 1 de Julho de 2008;

· Registo e Licença da Junta de Freguesia

4. Bem-estar dos animais e dever de cuidar dos donos (DL n.º 315/2004 de 17/12)

Considera-se um animal de companhia, qualquer animal detido ou destinado a ser detido pelo homem, designadamente no seu lar, para seu entretenimento e companhia.

As condições de detenção e alojamento devem salvaguardar os parâmetros de bem-estar animal.

Estão previstas diversas contra-ordenações e coimas mínimas, com um mínimo de 500,00 Euros, para diferentes situações de infracção por parte dos detentores, das quais se destacam:

· Abandono de animal de companhia;

· A violação do dever de cuidar do animal, que crie perigo para a sua vida ou integridade de outrem;

· As intervenções cirúrgicas e as amputações destinadas a modificar a aparência;

· O maneio e treino de animais com brutalidade

Paralelamente a estas responsabilidades de natureza legal, os donos não devem esquecer as responsabilidades de natureza cívica, não permitindo que os seus animais circulem livremente na via pública, zelando pela segurança das outras pessoas e dos outros animais e, também, pela manutenção da limpeza e higiene dos jardins e espaços públicos. Os donos são, assim, os primeiros responsáveis pela saúde e bem-estar dos seus animais e pela sua correcta integração na sociedade actual.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Raiva – A importância da vacinação!

No passado dia 28 de Setembro foi comemorado o Dia Mundial da Raiva.

O principal objectivo desta comemoração foi aumentar a consciencialização e fortalecer a prevenção e controle da doença.

A sua prevenção é simples, ela é 100% eficaz através da vacinação.

A Raiva, também conhecida por “hidrofobia” (medo da água), é uma doença vírica infecciosa do sistema nervoso, que afecta todos os mamíferos, incluindo o Homem. Pensa-se que será a doença mortal mais antiga que se conhece.

A sua transmissão é feita pelo contacto com saliva infectada, pelas mordeduras, arranhões, feridas, dos animais doentes. A partir do momento que os sintomas aparecem, esta doença é sempre fatal, tanto para os animais como para os Humanos. No entanto existe um tratamento, imediatamente após a exposição de uma mordedura de um animal suspeito. Penso que haverá alguns leitores que já passaram por esta experiência, sobretudo os que já viveram no continente Africano ou Americano. Cerca de 10 milhões de pessoas no mundo são tratadas todos os anos.

Para a maioria de nós, esta doença só é mencionada aquando da vacinação anual dos nossos cães, que muitas vezes é subvalorizada. Ela é vista somente como uma imposição legal…mas o certo é que a raiva é a 10ª causa de morte humana, por uma agente infeccioso.

A Raiva tem sido eliminada na maioria dos países em vias de desenvolvimento, no entanto, morrem por ano cerca de 55.000 pessoas (70% são crianças com menos de 15 anos), principalmente no Continente Africano e Asiático, mais nas zonas rurais, onde o principal reservatório é o cão.

Na Europa a raiva ainda persiste, essencialmente na fauna silvestre (principal reservatório é a raposa vermelha, mas também em morcegos aqui ao lado em Espanha), e quanto eu sei, o termo fronteira, não se aplica a estes animais, tendo livre arbítrio de movimentação. Nos países chamados de Leste ainda esta doença ainda existe nos animais domésticos.

Uma das maiores preocupações é a entrada na Europa de animais domésticos não vacinados, oriundos essencialmente do Continente Africano. Com certeza lembram-se o ano passado, do caso de um cachorro com raiva em França, oriundo de Marrocos.

Desde 1995, existe em Portugal um programa de epidemiovigilância nos animais silvestres (raposa e saca rabos), que são submetidos a pesquisa laboratorial, e felizmente até à presente data todos os resultados têm sido negativos.

Os serviços veterinários Portugueses têm mantido uma campanha de vacinação anual obrigatória, sistemática desde 1926. Foi a eficácia destas campanhas que permitiu erradicar a doença, sendo Portugal um dos primeiros países do mundo a obter o estatuto de “País oficialmente indemne (livre) de Raiva”desde 1956.

É pois uma grande responsabilidade de todos nós, e principalmente os donos de cães, manter este importante estatuto.

Infelizmente verifica-se aqui na nossa região uma grande desvalorização da vacinação contra a raiva, particularmente por parte dos caçadores, cujos cães estão mais expostos à fauna silvestre, e como tal encontram-se em maior risco.

A vacinação contra raiva fortalece a confiança nas relações que temos com os nossos animais.

Se é dono de um cão vacine sempre o seu melhor amigo!

Publicado no Jornal Nordeste, 21-10-2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Gato novo em casa…um prazer para descobrir!

A chegada de um gatinho é sempre um grande acontecimento!

Os primeiros momentos (e dias) são muito importantes para uma perfeita adaptação à nova família.

Os gatos são criaturas de hábitos e não gostam de muitas mudanças, por isso demoram um pouco a adaptar-se correctamente a novos ambientes. É preciso ter paciência!

Na chegada à sua nova casa, um gatinho deve ser primeiro colocado num espaço mais reduzido (por exemplo um quarto) onde ele poderá explorar com calma, e só mais tarde deve ter acesso à casa toda. Não devemos forçar a aproximação, o gatinho é que deve vir ter connosco. Podemos cativá-lo com comida ou festas, sempre calmamente. Ele deve aprender a confiar na nova família e a não ter medo.

Os gatos são animais sociais, e para tal necessitam de interagir com o meio e com as pessoas que os rodeiam. É por isso importante brincar com o seu gato, todos os dias, de modo a libertar energias, especialmente à noite, antes de ir dormir. (para não acordar o dono logo de manhãzinha…).

Os gatinhos são especialmente energéticos e curiosos, fazendo parte do seu crescimento e desenvolvimento corporal, o saltar, o correr, fazer “emboscadas” ás nossas pernas, e a derrubar tudo o que está em cima dos móveis. Estes comportamentos são normais de um gatinho que está a explorar e a conhecer o meio que o rodeia. Existem também no mercado vários tipos de brinquedos e “arranhadores” que poderão ser bastante apelativos para o seu novo gatinho.

Os gatos têm um instinto natural de fazer as suas necessidades na areia, não sendo, normalmente, necessário ensiná-lo a ir há caixinha da areia. No entanto, é importante que o local escolhido seja bem acessível, longe de zonas de passagens ou de muitos ruídos, distante do prato da comida, de modo que o gato se sinta tranquilo. Regra geral, é necessário uma caixa de areia por cada gato, mais outra extra.

Uma alimentação adequada, preferencialmente ração seca, vai assegurar um bom desenvolvimento do seu gato.

A desparasitação e vacinação regulares não devem ser esquecias pelo dono, o programa preventivo inicia-se aos 2 meses.

Desfrute de muitos rons-rons com este amigo muito especial….

Filipa Rodrigues

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Soluções para as férias...

Damos aqui algumas sugestões para poder ir de férias e deixar o seu amigo de quatro patas bem entregue.
Infelizmente em Bragança ainda não existe nenhum Canil com serviço de hospedagem, para este efeito terá de recorrer a Mirandela ou a Vila Real.
No entanto, existe agora um novo serviço de "Pet-sitting" em Bragança, que para além de cuidar do seu animal, na sua própria casa ,apresenta também outros serviços que poderão ser do seu interesse...
Ficam aqui os contactos:

Pet-sitting em Bragança :
934349523/916682458
Canil Intermunicipal da Terra Quente (Mirandela): 278 945333
Quinta Equestre da Sardoeira (Vila Real): 964080735

terça-feira, 20 de maio de 2008

Esterilização obrigatória para cães "perigosos"

Foi publicado, no dia 14 de Abril, o Despacho n.º 10819/2008, que determina a esterilização obrigatória dos cães das raças potencialmente “perigosas”, dispondo os detentores de um prazo de 4 meses, isto é, até ao dia 15 de Agosto de 2008, para a realização da mesma.
Esta medida legislativa, que considero excessiva na forma, surgiu na sequência de uma série de casos de agressões graves por mordedura a pessoas, fortemente mediatizados por parte de cães destas raças.
Importa esclarecer que a lista dos cães potencialmente perigosos, foi estabelecida na Portaria 4232/2004, na qual se incluem 7 raças: “Cão de fila brasileiro”; “Dogue Argentino”; “Pit Bull terrier”; “Rottweiller”; “Starffordshire terrier americano”; “Starffordshire bull terrier e o “ Tosa Inu”.A fundamentação para esta lista assentou, de acordo com a lei, no comportamento agressivo destas raças e no tamanho ou potência da mandíbula das mesmas (?).
Já na altura da publicação desta lista se considerou que a mesma era redutora e que não iria resolver o problema da perigosidade canina. A verdade é que todos os cães podem ser potencialmente perigosos se os seus donos forem potencialmente perigosos!
Não obstante a existência de legislação específica sobre a detenção destas raças, que também é aplicável a todos os cães com cadastro de mordeduras, não se tem verificado uma diminuição do número de agressões a pessoas. Muitos donos destes animais não têm tido uma atitude responsável na detenção dos mesmos e paralelamente não tem existido uma fiscalização efectiva por parte das autoridades policiais. Neste capítulo, refira-se que para fiscalizar tem de haver formação específica e não se pode verificar se o cão tem microchip se não se dispuser de um simples leitor de microchip!
Curiosamente, diria mesmo estranhamente, ficaram de fora desta obrigatoriedade de esterilização, os cães com “pedigree”, inscritos em livro de origem reconhecido (LOP). Não me parece que um documento de registo de raça, minimize o risco de agressividade se o dono não estiver suficientemente preparado para educar e socializar o seu cão.
E também importa perguntar neste País de “resmas” de Leis, porque não chegou a ser regulamentado o “atestado de capacidade física e psíquica” para os donos destes cães, tal como previsto na Lei n.º 49/2007 de 31 de Agosto?
Esta medida legislativa também surgiu na sequência de alguns ataques muito graves, um dos quais provocou a morte de uma mulher na zona de Lisboa, no Verão passado.
A agressividade canina não pode ser encarada de forma simplista, nem pode ser resolvida com medida legislativas avulsas, pois ela é multifactorial, sendo que o “factor” dono é o mais relevante.
Para terminar, falta saber se o valor da coima mínima, 500,00 Euros, irá ser suficientemente persuasiva para o cumprimento desta medida…


Publicado no Jornal Nordeste 14/05/08

domingo, 20 de abril de 2008

Sessão de Formação para Donos de Gatos

No passado dia 5 de Abril, a Clínica organizou em colaboração com a Royal Canin uma nova sessão de formação para donos de gatos, cujo tema “ Cuidados com o Gato”, mobilizou cerca de 40 donos destes bichanos muito especiais.
Os temas em debate foram os seguintes:
- A Importância do diagnóstico laboratorial precoce da Leucemia Felina (FeLV) e da Imunodeficiência Felina (FIV). A Dra. Filipa Rodrigues abordou estas duas importantes doenças dos gatos, aconselhando o seu diagnóstico precoce e alertando para os aspectos preventivos a considerar pelos donos. Informou ainda que na nossa Clínica foram já diagnosticados, nos últimos 7 anos, 10 gatos com Felv e 10 gatos com FIV, sendo que na sua maioria eram gatos oriundos da cidade de Bragança, nunca tendo estado noutro local, devendo por isso considerar-se este risco de infecção para todos os gatos saudáveis, particularmente os que vivem ou vão à rua.
- A Dra. Isabel Santos, Médica Veterinária, com formação especializada na área do comportamento animal falou-nos dos aspectos comportamentais dos gatos que importa conhecer para um melhor relacionamento com estes animais. Se é verdade que os gatos começaram a ser domesticados há cerca de 4.000 anos no antigo Egipto com uma função predatória sobre os ratos que ameaçavam as colheitas cerealíferas, hoje eles ocupam um lugar de importância crescente como animais de companhia, mais bem adaptados ao estilo de vida mais urbano dos seus donos. São mais independentes que os cães, mas nem por isso dispensam a interacção com o seu dono e uns “miminhos” no final do dia. Quando as alterações comportamentais existirem é sinal de que algum equilíbrio foi quebrado, sendo importante identificá-lo e corrigi-lo, mas para isso convêm conhecer o padrão de comportamento de um gato “normal”!
- Para finalizar a nossa sessão formativa, a Dra. Cátia Sá, da Royal Canin, falou-nos de aspectos relacionados com a nutrição dos gatos. Ficámos a saber que o gato aprecia os alimentos sobretudo pelo seu apurado olfacto e não pelo paladar. Também referiu que o gato é um “petiscador”, se tiver o alimento à sua disposição fará cerca de 10 a 16 de pequenas refeições por dia, sendo que estas não duram mais do que 2 a 3 minutos. Estas pequenas quantidades espaçadas ao longo do dia explicam a razão pela qual o trânsito digestivo se processa de forma tão rápida comparativamente ao Homem (12 a 24 horas contra 30 a 48). O gato também dedica pouco tempo à mastigação, engolindo os grânulos de ração num ápice ao contrário do que acontece connosco.

terça-feira, 18 de março de 2008

Leishmaniose .... a culpa é do mosquito!

A leishmaniose canina é uma doença endémica causada por um protozoário, Leishmania infantum. É uma zoonose que no Homem é conhecida como “Kala-azar”.

A transmissão desta afecção deve-se a um mosquito chamado flebótomo, um pequeno insecto, que vive principalmente nas regiões montanhosas. O mosquito é activo desde o crepúsculo e durante praticamente toda a noite, de Abril até Outubro. A fêmea (a única que pica) procura um animal de sangue quente para se alimentar, depois os parasitas amastigotas multiplicam-se no intestino do mosquito e transformam-se em promastigotas. São estas as formas infestantes que podem infectar um outro animal que seja picado. Não se sabe por que razão, mas estes mosquitos têm uma particular atracção pelo cão, sendo o focinho e a face interna da orelha as zonas de eleição para a picadela.

Na nossa região a leishmaniose pode considerar-se endémica. Até há poucos anos, apenas se considerava que esta doença era endémica na região do Alto Douro, porém dezenas de casos clínicos e exames laboratoriais efectuados ao longo da última década, permitem-nos hoje afirmar que a endemia é extensível à região de Bragança.

Nem todos os cães desenvolvem esta doença após a picada do mosquito, muitos são imuno-resistentes, outros são portadores assintomáticos. De acordo com a nossa experiência clínica, as raças mais susceptíveis são o Boxer, Doberman, Rottweiler, Pastor Alemão e Perdigueiros.

A Leishmaniose canina apresenta uma diversidade de sintomas nos cães, desde os dermatológicos, como peladas, descamação e úlceras até sintomas viscerais e gerais, como a anemia, perda de apetite e atrofia muscular.

De acordo com a informação disponível, nomeadamente de alguns estudos realizados em Espanha, a transmissão ao Homem, embora possível a partir do mosquito vector, sobretudo em pessoas com imuno-deficiências, não tem expressão significativa.

A prevenção da doença nos cães, em regiões endémicas como a nossa, é difícil pois ainda não existe qualquer vacina disponível . É por isso fundamental evitar o contacto com os mosquitos vectores. Para este efeito, recomenda-se a utilização de insecticidas repelentes específicos e o recolhimento dos cães durante a noite.

quinta-feira, 6 de março de 2008

A educação do seu cão – alguns conselhos!


Para poder ter um cão equilibrado e obediente é necessário educá-lo, anote as seguintes Regras:

Inibição de Morder
– O treino do seu cachorro começa logo que ele chega a casa. O hábito instintivo de morder deve ser reduzido, bastando para isso que o dono grite um Não forte e se afaste, manifestando o seu desagrado pelo comportamento;
Socialização – uma fase importante de aprendizagem do mundo que termina por volta dos 4 meses. Durante este período o cachorro deverá ser sujeito ao maior número de estímulos do seu meio ambiente envolvente. Não esquecer o contacto com crianças e outras pessoas para além do agregado familiar;
Métodos de treino positivos – Se um cachorro aprender um comportamento sem recurso à força física ou sem consequências negativas, é mais provável que o queira repetir, particularmente se existir uma recompensa ou um reforço positivo, por exemplo dando-lhe um biscoito e fazendo festas;
Com este método treino é possível iniciar o treino de obediência básica – treine o SENTA, DEITA, FICA, VEM... .

Ignorar os comportamentos negativos - Ignorar um cachorro quando faz algo de errado, é o melhor “castigo” que se lhe pode aplicar. Por exemplo para lidar correctamente com um cachorro que salta tapar uma pessoa, deve-se ignorar a acção, esperar que o cachorro tenha as quatro patas apoiadas no chão e só nesta altura é que deverá ser recompensado com festas ou com um biscoito

domingo, 2 de março de 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A saúde oral do seu cão


Filipa Rodrigues
Médica Veterinária

O mau hálito é uma das principais queixas dos donos no relacionamento com os seus cães. É importante, pois, conhecer um pouco as causas deste problema e as formas de o prevenir.
O cão adulto possui 42 dentes, ocorrendo a erupção dos dentes definitivos entre os 4 e os 7 meses de idade.
A doença periodontal é a afecção mais comum da cavidade oral dos cães. Estudos recentes demonstram que mais de 85% dos cães com idade superior a 3 anos sofrem de doença periodontal (American Veterinary Dental Society).
Este problema tem início com a acumulação da placa dentária (película fina viscosa e transparente), constituída por mais de 300 bactérias da cavidade bucal, que se forma sobre os dentes após cada refeição (e mesmo depois de 6 horas após a limpeza dos dentes). Com o decorrer do tempo, esta placa dentária pode sofrer mineralização pela fixação do cálcio salivar e transformar-se em tártaro. As bactérias presentes na placa dentária infectam as gengivas e outras estruturas dos dentes.
As consequências da doença periodontal podem ser de dois tipos: locais ou sistémicas.
A nível local, esta patologia é responsável por halitose (mau hálito) persistente, gengivite, periodontite, dor, dificuldade na mastigação, perda de peso por não conseguir comer, perda de dentes e abcessos. As patologias crónicas da boca podem conduzir à disseminação dessas bactérias pela corrente sanguínea, e, por consequência, a infecções secundárias nos pulmões, coração, rins e articulações.
Para controlar a evolução da doença periodontal, é necessária a eliminação do tártaro e da placa dentária, através da destartarização, realizada pelo Médico Veterinário.

Um bom programa de Higiene Oral começa logo a partir dos 6/7 meses de idade durante as consultas de rotina do seu cachorro.
As medidas preventivas para a higiene dentária do seu animal incluem:
- Escovagem dos dentes com pastas dentífricas específicas que removem a placa dentária da superfície dos dentes e dos sulcos gengivais antes da sua mineralização em tártaro;
- Suplementos orais (barras dentárias) que obriguem os animais a mastigarem promovendo a limpeza mecânica dos dentes
- Alimentação adequada, preferivelmente seca (ração), retirando de todo os alimentos açucarados da dieta.